27 de julho de 2013

Barco à vela, que se abandona...

Hoje, vendo a peregrinação desses jovens na Jornada Mundial da Juventude, lembrei dos dias em que eu era Igreja, que vivenciava toda a tradição e doutrina que minha religião assume para estar próximo de Deus, e comecei uma oração. Falei com Deus do quanto sou grata, do quanto Ele me ampara, do quanto eu preciso d'Ele em minha vida e de como Ele sempre me socorre, mesmo eu distante. Pedi perdão por não perceber isso nos momentos de tribulação, e que minhas trevas precisam ser iluminadas por Sua luz.

Também pedi perdão por ter a ilusão de que sou completamente capaz de, sozinha, seguir o caminho que me é colocado à frente, que sou a dona do meu destino. Não sou. E cansei de fingir que é isso. Eu, do alto de minha soberania, independência emocional, teria vergonha de admitir o que acabei de expor. Mas a verdade é que estou tão desorientada com tanta independência e liberdade que o que me resta é a humildade de reconhecer que me perdi do caminho que me fazia feliz, do meu caminho, da minha Igreja, da minha fé. Falei ainda que, sendo assim, o leme voltaria às Suas mãos, que agora o rumo que deverá ser tomado por este barco será definido por Ele, o bom e sábio capitão, que a mim cabe fazer o que Ele ordenar, como um bom marinheiro. Como bom marinheiro também quero ser para entender as ordens do meu capitão, para ler suas instruções e executá-las, pois meu capitão não pode sair de seu lugar para fazer o que deve ser feito por mim.
Não pedi que navegássemos por águas tranquilas, mas pedi coragem para confiar que as tempestades que nos atribularão por este mar serão vencidas. Me entregar à vontade daquele que já escolheu a rota a ser trilhada. Não ter medo de aceitar o que virá, por saber que, mais importante que minha vontade, é a minha necessidade.





Nenhum comentário: